Práticas de ESG fazem a diferença para as startups

A transição para uma economia circular, de baixo carbono e socialmente inclusiva entra na estratégia de sobrevivência das novas empresas, de acordo com estudo da KPMG.

Com o aumento do número de startups e rodadas que aconteceram nos últimos dois meses, o volume total investido em ESG Enablers, ou seja, startups dedicadas a fazer com que empresas estejam de acordo com as práticas ESG, passou 1 bilhão de dólares na última década. O número consta no Inside ESG Tech Report #2, relatório do Distrito realizado em parceria com a KPMG. No primeiro semestre, foram investidos US$ 89,8 milhões de dólares, um tereço do aportado no ano passado, US$ 284,7 milhões.

“A transição para uma economia circular, de baixo carbono, socialmente inclusiva e que regenera os ecossistemas depende de alguns fatores críticos. Dois deles são fazer dos negócios uma ferramenta para moldar esse futuro – que chamamos sustentável – e desenvolver soluções tecnológicas que nos ajudem a fazer isso mais rapidamente. Na próxima década, da transição, vamos ter que colocar em prática o que aprendemos no passado. E, no caminho, teremos que pensar em soluções, implementar, medir, corrigir, escalonar e ser transparente sobre os resultados que tivemos, para podermos utilizar a rede de conhecimento que temos à nossa volta”, afirma a sócia-líder de ESG da KPMG, Nelmara Arbex.

Desde o primeiro relatório, divulgado em maio, 61 empresas foram incluídas na base da plataforma do Distrito, de forma que agora tem-se 802 startups ESG Enablers mapeadas no ecossistema brasileiro em 30 diferentes setores. “O ecossistema de startups com soluções em ESG ainda é novo. Mas, à medida que o tempo passa e as startups com modelos de negócio sustentáveis crescem, o número de cheques de valores mais elevados tende a aumentar, assim como o volume total investido”, explica Tiago Ávila, head do Distrito Dataminer, braço de inteligência do Distrito.

O setor que predomina em número de startups é o de água e energia, com 144 empresas (17,96%). As soluções variam de gestão e otimização de energia ou água a geração de energia limpa, como a solar. Na sequência, destacam-se edtechs (startups de educação) (10,22%), fintechs (startups de serviços financeiros) (8,73%), martechs (startups de marketing) (8,6%), hrtechs (startups de RH) (7,73%), greentechs (startups de sustentabilidade) (5,61%), negócios sociais (4,24%), Indústria 4.0 (3,39%), agtechs (startups de agronegócio) (3,12%) e biotechs (startups de biotecnologia) (2,99%).