Mentora do projeto é funcionária da SAP Brasil e tem um filho autista. Iniciativa, que quer interconectar o ecossistema de pessoas ligadas ao autismo, foi selecionado para a fase de validação no programa 1BLives, da SAP global.
Os próximos três meses serão bastante movimentados para a equipe brasileira que criou a Xpecial, uma rede social que interconecta o ecossistema associado ao autismo no mundo para gerar oportunidades e troca de informações. O projeto foi selecionado e está em fase de validação no programa 1BLives, criado pela SAP para incentivar os funcionários ao empreendedorismo. Este ano foram inscritos 250 projetos. Se aprovado, haverá uma aceleração por parte da própria SAP por meio da Sap i.O, venture capital da SAP que investe em startups dentro e fora da companhia.
A ideia do Xpecial surgiu de uma dor pessoal. A mentora da rede social, a executiva de Cloud Procurement da SAP Brasil, Mariana Guedes, tem um filho autista, que aprendeu a falar poucas palavras somente aos cinco anos, mas que, hoje, está em uma escola regular, estuda, lê, tem amigos e toca bateria. “Os autistas têm grandes capacidades e baixa empregabilidade. Esta foi uma das preocupações que tive ao pensar na Xpecial”, contou. Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que 1% da população mundial é diagnosticada com autismo. No Brasil, são 2 milhões de pessoas com autismo.
“Temos que tornar essas pessoas visíveis para a sociedade. A Xpecial surge para ser uma grande rede social especializada para conectar família, médicos, ONGs, governo, saúde, ciência e empresas interessadas em contratar autistas”, afirmou Mariana Guedes ao apresentar o Xpecial no SAP NOW 2019. Globalmente, a SAP é uma das empresas que mais incentiva a empregabilidade de funcionários autistas. No mundo, já são 155 contratados, sendo 14 no mercado brasileiro.
Em entrevista à Agência SAP NOW, Mariana Guedes disse que o momento – além da disputa no 1BLives – é de engajar pessoas que não tenham ligação direta com o autismo para mostrar que um autista tem total capacidade de ter uma vida muito próxima do que é chamado de normal. Assistam à entrevista com Mariana Guedes.
