Nos últimos 18 meses, com o desenrolar da pandemia, a Bayer, multinacional alemã que tem 125 anos de Brasil, precisou se reinventar e organizar a operação, reformulando a maneira como vinha atuando para manter o atendimento aos clientes. A estratégia de supply chain não sofreu impactos, mas sim a sua execução.
Um dos principais pontos da mudança nos processos na empresa foi o planejamento, que precisava ser mais integrado. Ele foi totalmente revisto, com foco muito maior na conexão entre as áreas e as geografias dentro da Bayer para tentar absorver e mitigar os efeitos da instabilidade durante a pandemia.
“Tivemos de redesenhar principalmente as logísticas internacionais e todo o processo de suprimento e de entrega dos nossos produtos. No planejamento integrado, foi necessário rever as conexões e tornar o planejamento muito mais próximo dos nossos clientes, das nossas áreas e do mercado global”, relata Carlos Ricardo Andrade, head de Supply Chain Latam na Bayer.
Para assegurar essa mudança na execução, foi essencial a implementação de processos mais automatizados, incluindo digitalização. “Conseguimos acelerar essa evolução porque precisávamos colocar nosso time em home office, impulsionando a transformação digital na companhia.
Implementamos RPA para simplificar e agilizar alguns processos, reduzindo o workload da equipe”, diz Andrade, acrescentando que o CRM da SAP, mais automatizado, ajudou a manter a conexão dos clientes e a reforçar as operações dos smartcenters da Bayer.
Mudando a percepção
Outro grande aprendizado foi a mudança de mentalidade para manter a operação de forma virtual e ao mesmo tempo realizar todas as automações. Essas modernizações na Bayer, garante o executivo, vieram para ficar. A pandemia acelerou as evoluções e trouxe acesso importante aos dados. “Agora, começamos a olhar esses dados e a trabalhar com eles, apoiados em Analytics.”
Para ajudar as esquipes nas tomadas de decisão, a Bayer criou modelos prescritivos e preditivos. “Em vez de usar um indicador que me mostra o passado, por meio dessas melhorias, estamos olhando para o futuro, fazendo análise olhando o amanhã, portanto, não só o preditivo, mas também o prescritivo”, afirma.
Andrade diz estar observando redução significativa na carga de trabalho da equipe, que passou a focar no que realmente gera valor e não em atividades manuais. “É uma grande mudança e que veio para ficar.”
E o futuro já bate à porta da Bayer. Andrade antecipa que a empresa está se preparando para o futuro com o projeto baseado na nova plataforma RISE with SAP. “Estamos muito contentes com essa evolução porque ela vem se somar a todo esse processo de transformação digital e de automação. Essa implementação está prevista para o começo do próximo ano, mas já estamos com o SAP S/4HANA rodando, e então passaremos a ter uma plataforma única, robusta e onde todos os dados estarão consolidados”, finaliza o executivo.
