Covid-19 acelera digitalização dos serviços públicos

“Temos uma aceleração por força da pandemia do uso de canais digitais, mas se esses serviços estiverem disponíveis e bem avaliados, tenho certeza que esse usuário não volta a enfrentar uma fila”, afirma o secretário de governo digital, Luis Felipe Monteiro.

As contingências criadas pela pandemia do novo coronavírus geram uma série de transtornos para a sociedade em geral, e para o governo em especial. Mas a crise também deu um empurrão adicional na dinâmica de digitalização dos serviços públicos, pressionada pela necessidade de evitar atendimentos presenciais e o deslocamento das pessoas até os guichês.

“Tivemos uma concentração nos canais digitais. Dobrou o volume de acesso aos canais digitais do governo a cada mês. Março dobrou em relação a fevereiro, abril dobrou em relação a março. E também tivemos ações digitais para priorização de serviços públicos, de forma a reduzir aglomeração, responder à pandemia e apoiar o reaquecimento da atividade laboral”, aponta o secretário de governo digital do Ministério da Economia, Luis Felipe Monteiro.

Segundo a SGD, os serviços digitalizados desde janeiro de 2019 representam economia de R$ 1,4 bilhão por ano para a sociedade, que deixa de gastar com deslocamentos e até despachantes para agilizar a solução de suas demandas, e para o governo, de mais R$ 347,3 milhões por ano. A estimativa é de que, ao todo, governo e cidadãos poupem a cada ano R$ 1,76 bilhão com os 600 novos serviços digitais, que representam, juntos, 19 milhões de demandas anuais.

Essa perspectiva econômica está também diretamente associada com maior qualidade na prestação dos serviços e do atendimento aos cidadãos. Para o secretário de governo digital, essa perspectiva alimenta a percepção de que o uso dos serviços no formato eletrônico é caminho sem volta. E quem experimenta não vai mais aceitar ficar em filas ou visitar cartórios.

“Temos uma aceleração por força da Covid-19 do uso de canais digitais, mas se esses serviços estiverem disponíveis e bem avaliados, tenho certeza que esse usuário não volta a enfrentar uma fila. Ele entende que o governo é digital, que está mais próximo por meio da internet, por meio dos aplicativos, e não vai mais pegar um transporte público, aguardar numa fila, imprimir formulários, carregar documentos, autenticar. Vai deixar para o passado a experiência de transação em canais presenciais e vai adotar o canal digital como preferencial”, completa Monteiro.

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