Pandemia acelerou o adeus ao analógico no Brasil

A afirmação é do presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles. Segundo ele, a digitalização da economia chegou à baixa renda. “A resistência de segmentos econômicos foi vencida pela necessidade de rever os seus próprios modelos de negócios. Era isso ou morrer”, afirmou o executivo.

A digitalização já era um movimento em curso no Brasil, mas a pandemia de Covid-19 acelerou o processo em pelo menos cinco anos, sustenta o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles. Isso porque, afirma, o negócio digital venceu a resistência de segmentos econômicos foi vencida pela necessidade de rever os seus próprios modelos por sobrevivência. “O pequeno empreendedor também entendeu que os meios digitais são essenciais e passou até a inscrever seu negócio em um aplicativo para atender o consumo digital”, acrescenta.

Recente pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva, com 1.131 consumidores em 72 cidades de todos os estados do País, mostra que os hábitos de consumo dos brasileiros mudaram, e há uma tendência para a digitalização da economia da baixa renda – a compra via aplicativos cresceu 30% apenas no primeiro mês do isolamento social.

Entre outros dados, a pesquisa aponta que:

– Houve crescimento mais expressivo nas compras via internet em dois grandes mercados consumidores: o das pessoas com mais de 50 anos, hoje, o principal do país, e o das classes C, D e E, que juntas representam um pouco mais da metade do poder de compra de todos os brasileiros.

– A compra por aplicativos cresceu. Na categoria alimentos, higiene, artigos infantis, medicamentos etc., entre 10% e 17% não compravam para receber em casa e agora já compram. Ainda conforme a categoria, entre 8% e 25% dos entrevistados passaram a comprar mais on-line.

– 49% pretendem comprar mais por aplicativo.

Fica claro, acrescenta Renato Meirelles, que a pandemia transformou o processo de consumo do País. “O uso dos meios digitais mudou completamente a regra do jogo. Tudo ficou mais digital. a economia vai ficar mais preparada e quem não avançar na digitalização vai ficar para trás”, completa o presidente do Instituto Locomotiva.

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