Pessoas serão o agente da digitalização no Varejo

Tecnologia será decisiva para tornar empresas mais humanas e atender os novos hábitos de consumo no pós-pandemia, afirmaram a presidente da SAP Brasil, Cristina Palmaka, o CEO do Assaí Atacadista, Belmiro Gomes, e o CEO da Burguer King Brail, Iuri Miranda, em debate sobre o futuro do varejo.

A pandemia acelerou processos no varejo e mostrou que a tecnologia é a aliada fundamental para garantir o funcionamento da operação e atender às novas necessidades de consumo. Para Cristina Palmaka, presidente da SAP Brasil, o varejo vive um momento de reinvenção. Nesse contexto, Cristina ressalta que a tecnologia é imprescindível para a humanização das empresas.

“O momento é de grande aprendizado, as empresas precisam ser mais humanas e, para isso, precisam ser cada vez mais digitais. Pode parecer uma dicotomia, mas quanto mais humana, mais tecnológica deverá ser a empresa. A tecnologia permitirá às empresas se conectarem com as experiências de seus clientes e ajudar nesse processo de individualização”, afirmou Cristina.

Segundo ainda a presidente da SAP Brasil, no mundo pós-pandemia, haverá mudanças profundas na forma como as empresas se relacionam com seus colaboradores e clientes, agilizando processos de digitalização. “As pessoas serão os grandes agentes dessa transformação e torcemos para que a tecnologia possa ajudá-las para serem cada vez melhor”, reforçou Cristina.

No varejo de alimentos, uma das principais discussões é o uso a tecnologia para garantir o desempenho perfeito entre estoques e cadeia de fornecedores. Essa conexão é o caminho para afastar o maior fantasma do varejo: a frustração de não poder oferecer o produto que o cliente procura.

Iuri Miranda, CEO da Burger King Brasil, quer usar a tecnologia para ajudar os gerentes dos mais de 900 restaurantes da rede a fazerem pedidos inteligentes para fornecedores. Miranda diz que está caminhando para uma solução em que o próprio sistema pode sugerir pedidos baseado em algoritmos do histórico de vendas.

“Esse é o plano de futuro, usar a tecnologia para fazer entregas inteligentes no momento em que o cliente chega a uma loja. Outro grande desafio é a gestão do mix de produtos em cada região do país. Dependendo da região e da situação econômica da população, o mix de produto mudará e teremos que nos adequar rapidamente”, diz Miranda.

Belmiro Gomes, CEO da rede Assaí Atacadista, reforçou que o uso exaustivo de tecnologia é o caminho para evitar a maior crise no varejo, a ausência do produto procurado pelo cliente. Nas 169 lojas da rede Assaí, o uso da tecnologia é fundamental para troca de informação com os envolvidos na cadeia de abastecimento.

“Quando automatizamos a operação, entregamos um dispositivo para cada funcionário. A tecnologia permite ao repositor saber a situação exata do estoque, do estoque teórico, ou seja, o que deveria ter, e dos pedidos que estão agendados para serem entregues. Isso é fundamental para informar corretamente o cliente, aprimorando a experiência dele no momento da compra”, detalhou o executivo.