DocuSign: assinatura eletrônica tem forte expansão nos setores de saúde e RH

Devido à pandemia, empresa antecipa lançamento de produto no mercado brasileiro e amplia negócios com integração de ferramentas SAP na América Latina.

Pioneira em solução de assinatura digital e especializada em gestão de documentos na nuvem, a DocuSign, desde o início da crise sanitária, aumentou sua presença no setor financeiro, expandindo contratos com bancos e seguradoras. Também registrou crescimento de negócios no setor imobiliário. Porém, a demanda por suas soluções deu um salto maior no setor de saúde e em atividades relacionadas ao dia a dia dos departamentos de recursos humanos.

Focada em produtos que auxiliam as organizações a automatizar a gestão de documentos, a DocuSign antecipou, em função da pandemia, lançamentos previstos para o início de 2021 no Brasil. Gustavo Brant, vice-presidente de Vendas Latam,  anuncia para outubro a versão totalmente localizada para o mercado brasileiro do DocuSign CLM (Contract Lifecycle Management). A ferramenta, que já estava no portfólio de outros países, foi classificada como líder no Quadrante Mágico da Gartner para Gerenciamento de Ciclo de Vida dos Contratos, em fevereiro de 2020. O DocuSign CLM permite às organizações gerir de forma automatizada, colaborativa e mais organizada o ciclo de vida de documentos.

“Nos últimos seis meses, os negócios, para continuarem ativos, precisaram se transformar digitalmente. Essa tendência vai continuar. Já era evidente na teoria, mas hoje se comprova na prática que o eletrônico é muito mais seguro, muito mais rastreável e confiável”, diz Brant.

Segundo o vice-presidente de Vendas Latam da DocuSign, a adoção de acordos eletrônicos, em algumas áreas, era mais complexa por questões regulatórias.

“De repente, foi necessário rever processos, porque não havia outra forma de continuar criando acordos e desenvolvendo as atividades sem ser de forma eletrônica”, explica.

Saúde e Recursos Humanos

O setor de saúde, por exemplo, acabou vencendo todas as barreiras regulatórias e se beneficiou com a assinatura eletrônica. ‘Imagina que, da noite para o dia, o médico precisava continuar fazendo prescrições, porque pessoas dependem de medicamentos, principalmente no caso dos de uso contínuo, e o papel não fazia mais sentido. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) teve que flexibilizar a regulação para permitir a interação de forma eletrônica. Saúde foi um segmento que cresceu muito e teve que se reinventar, é um caminho sem volta”, afirma Brant.

Outra área em que houve uma evolução muito grande foi recursos humanos (RH), na qual a DocuSign tem uma parceria muito forte com a SAP, com o SuccessFactors. Brant explica que, em RH, as inovações eram acompanhadas de muita preocupação com questões jurídicas.

“As empresas preferiam não arriscar e evitar, assim, a criação de passivos. Mas foi um setor que cresceu muito nos últimos seis meses, porque a diferença era fazer ou deixar de documentar o que precisava ser assinado com o funcionário. A única forma era eletronicamente. Percebemos uma grande flexibilização nos departamentos de RH”, conta Brant.

Ainda em 2020, a DocuSign reforçou sua participação junto ao governo brasileiro para desenvolver transformações, focando na melhor experiência do usuário. Segundo Brant, a DocuSign desempenha um papel social ao participar de discussões com o governo para trazer as melhores práticas no ambiente regulatório.

Brant também destaca que o DocuSign é integrado nativamente com algumas soluções SAP que apresentaram uma grande expansão, sobretudo na área de RH. Outra área em que há uma integração muito forte com as soluções SAP é a cadeia de suprimentos.

“Participamos do SAP Ariba na última milha, que é firmar o acordo com o parceiro da cadeia de suprimentos. Também temos uma presença expressiva nos processos que transitam dentro do ERP, em momentos quando é preciso ter um documento assinado. Há ainda uma integração ativa no SAP Sales Cloud. A parceria com a SAP tem ótimos frutos para o Brasil e para toda a América Latina, sobretudo, no México e na Colômbia”, completa Brant.