Empresa saltará do mercado de comercialização de produtos para o de comercialização de serviços. A SAP é uma grande parceira, fornecendo tecnologias cruciais para que ela possa trilhar sua jornada de transformação.
Com trajetória perto de um século e meio, a alemã Continental aprendeu desde 1871 a superar desafios, adequar-se às mudanças do mercado e a colecionar conquistas. A experiência da desenvolvedora de tecnologias e serviços para mobilidade sustentável e conexão de pessoas e produtos serviu de alicerce para enfrentar a crise da pandemia e reagir em meio ao cenário nebuloso.
Um dos mais fortes impactos veio diretamente da terra onde nasceu o coronavírus. A produção na China teve de ser interrompida, fazendo com que as vendas e os lucros da Continental despencassem no primeiro trimestre deste ano. A parte boa é que a empresa tem divulgado recuperação e inovado na retomada.
Mesmo diante das atuais condições adversas do mercado global, a Continental segue avançando em seu programa estrutural Transformação 2019-2029, implementando inovações. A inauguração no ano passado da primeira fase da nova sede em Hannover, Alemanha, com oito prédios, faz parte desse plano.
A conclusão do novo espaço está prevista para coincidir com o aniversário dos 150 anos da empresa, em 2021. Em 31 de dezembro de 2019, a Continental empregava mais de 240 mil pessoas em 59 países e mercados.
Em solo nacional, a empresa mantém operação em São Paulo com cerca de mil colaboradores, além de uma fábrica (para a unidade automotiva) e outras no Rio de Janeiro e Bahia para frentes como pneus e correias.
“A Continental tem muitos desafios aqui no Brasil, principalmente em competitividade, quando comparado com fábricas no México e China, mas temos nos superado a cada dia buscando cada vez mais produtividade e eficiência por meio de ações que vão desde ideias simples a desenvolvimento de grandes projetos”, diz Abner Dias, Supply Chain Manager da Continental.
Repaginando o futuro
A Continental vive um momento de transformação em que a protagonista é a Internet das Coisas (IoT), revela Dias. Segundo ele, tudo o que estiver relacionado à automação e à automatização, integrado com conectividade, será chave para essa mudança estratégica.
“Passaremos de um mercado muito forte de comercialização de produtos para o de comercialização de serviços. Nesse modelo, o senso de pertencimento tende a ser substituído pela disponibilização de recursos para serem consumidos por onde e por quem seja necessário”, avisa.
A SAP é uma grande parceira, prossegue o executivo, provendo tecnologias cruciais para que a empresa possa trilhar essa jornada de transformação. Ele avalia como diferenciais competitivos soluções inteligentes, autônomas, integradas e eficientes que facilitam o dia a dia, permitindo direcionar esforços para análises e definições estratégicas. E ainda as baseadas em cloud, soluções de inteligência de mercado e as que priorizam a mobilidade.
Entre outros benefícios, a tecnologia tem impulsionado o planejamento operacional e aprimorado o dimensionamento da capacidade dos equipamentos nas fábricas, oferecendo uma visão global para melhor atender à base crescente de clientes.
Na visão de Dias, ter informação disponível e controle é fundamental para que os processos sejam ágeis e transparentes e para que decisões, que precisam ser tomadas de forma muito rápida nesse no atual cenário, possam ser assertivas.
O mercado é fundamentado em oferta e demanda, e conforme surgem as demandas, aparecem também as oportunidades. O grande desafio do momento é que as demandas aparecem de forma muito rápida e requerem soluções também rápidas.
Quem está preparado ou quem consegue se adaptar mais rápido ganha a corrida, ensina Dias. “Dessa forma, é necessário muita flexibilidade e volatilidade para entendermos cada momento e prevermos as tendências para estarmos preparados e, como nem sempre as previsões se concretizam, precisamos nos adaptar a cada dia”, finaliza.
