Marcio Waldman, da Petlove: a pegada sustentável ESG veio para ficar

A Petlove, maior petshop online do Brasil, cresceu 200 vezes nos últimos dez anos. A empresa, que lançou o e-commerce de produtos pet em 1999, tem a tecnologia como seu cerne e desenvolveu todo o seu ecossistema internamente. “Temos equipe de desenvolvedores, cientistas de dados e especialistas em produto. A tecnologia é a razão da companhia”, disse Marcio Waldman, CEO da Petlove, em conversa com Adriana Aroulho, presidente da SAP Brasil, durante o SAP NOW 2021, realizado nesta terça (14/09) e na quarta (15/9) de forma totalmente online.

Vinda de uma cultura de construir os sistemas dentro de casa, a Petlove se viu diante da necessidade de contar com um sistema de gestão mais robusto. “Construímos internamente muito o que o cliente enxerga e um pouco de back office, voltado à operação. Temos um sistema operacional para nossos centros de distribuição, mas nunca tínhamos tido um sistema de gestão parrudo igual ao SAP”, explicou Waldman.

“Dado ao crescimento da companhia e às expectativas que temos para os próximos anos, começamos a procurar um parceiro. Escutamos o mercado e decidimos fechar com SAP, porque é o sistema que mais vai agregar e dar segurança para a gente crescer sem qualquer tipo de intercorrência”, frisou.

Voos mais altos

Como todos os projetos na Petlove, a implantação do ERP também recebeu o nome de um animal. O projeto foi batizado de Falco, segundo o CEO, porque vai levar a empresa a voos mais altos.

Marcio Waldman ressaltou o alinhamento da Petlove com a SAP no sentido de contribuir com a sociedade, de buscar transformação para se ter um mundo melhor. “Temos várias frentes. Estamos desenvolvendo tecnologia para facilitar a adoção de pets e evitar abandono e reabandono”, contou. Outro projeto é uma plataforma white label que a Petlove disponibiliza para que ONGs e profissionais consigam ter faturamento. A empresa, disse o CEO, também doa mensalmente produtos que tenham alguma avaria, mas que, apesar de estarem em bom estado, não podem ser comercializados.

“Durante a pandemia, principalmente, no início, os veterinários sofreram muito com a queda de visitas às clínicas. O projeto Arca de Noé ajuda a passar pela tormenta da pandemia; é uma democratização do e-commerce. Hoje, qualquer pet shop, clínica veterinária, hospital ou veterinário autônomo consegue criar um e-commerce em cinco minutos, ser parceiro da Petlove. Consegue começar a vender online e os ajudamos a entender de marketing online, digital para que consigam vender”, detalhou. Atualmente, os veterinários conseguem prescrever e os clientes adquirirem os produtos pela plataforma de e-commerce. São cerca de 5 mil parceiros.

Com relação às perspectivas do pós-pandemia, Marcio Waldman disse que as restrições instituídas para conter a Covid-19 mudaram alguns comportamentos. “Na questão de vendas online, percebemos um crescimento muito grande no Brasil da migração do offline para online; isso acelerou, e acho que é uma tendência que não volta mais”, enfatizou.

Com relação ao mercado pet e de veterinária, Waldman acredita que as pessoas passaram a dar mais valor no dia a dia ao que mais proporciona prazer e traz alegria e felicidade. “Vimos um aumento na adoção e também na venda de animais de estimação, porque eles tiveram um valor importantíssimo na saúde mental e física das pessoas na pandemia. É uma tendência que não volta mais; a população está apaixonada e cuidando dos pets como se fossem família. Temos ouvido que pets são filhos, membros da família”, disse.

“A pegada sustentável ESG veio para ficar. Vimos como é tênue a linha de estar tudo bem e estar com um problema muito sério no planeta, e acho que as empresas cada vez mais vão se preocupar com a pegada ESG”, completou.