Auxiliar clientes na retomada dos negócios levou a companhia a criar rápidas estratégias e soluções com inovação e resiliência.
A Accenture tem focado seus negócios na transformação digital dos clientes, antes mesmo da pandemia. Cerca de 60% da receita da companhia vem do The New – Serviços Digitais, Nuvem e Segurança. Pilares que Carlos Zeidler, líder da plataforma SAP na Accenture para a América Latina, afirma serem fortes tendências, especialmente no atual cenário.
Zeidler relata que, nos primeiros momentos da Covid-19, a primeira reação foi de preocupação. “Como cuido de grandes projetos, que envolvem de 50 a cem pessoas, pensei de imediato que teríamos de interromper algum, visto que elas teriam de trabalhar de casa.”
Mas o que aconteceu nas semanas seguintes foi a mudança de paradigma, lembra o executivo, quando então constatou que aquelas cem pessoas não precisariam estar trabalhando fisicamente juntas. “Mais do que isso, em alguns projetos, a produtividade até mesmo aumentou. Porque as pessoas não estavam enfrentando o trânsito intenso do dia a dia e permaneciam mais próximos da família, entre outros benefícios do home office.”
Os projetos seguiram no prazo, algumas empresas estancaram ações e muitas, que descobriram na tecnologia a saída para a sobrevivência dos negócios, ampliaram suas iniciativas. Curiosamente, a pandemia que havia ameaçado o futuro da Accenture e de tantas outras companhias passou a se apresentar como uma movimentação ao encontro das estratégias de negócio.
Para Zeidler, a tecnologia em nuvem, a evolução da experiência do cliente, o avanço tecnológico na cadeia logística e a disseminação da inteligência artificial e sua evolução nos processos corporativos estarão presentes no futuro que já começa a acontecer. “A estratégia da SAP envolve essas evoluções, porque para viabilizá-las é preciso uma plataforma preparada para provê-las”, diz.
Retomada
Recentemente, a Accenture abriu 500 vagas remotas porque a pandemia exigiu que o digital fosse acelerado e, assim, mais contratos vieram. Um círculo virtuoso de negócios. “E pensar que em janeiro havíamos contratado 60 recém-formados e quando a quarentena chegou, em março, não sabíamos o que faríamos com eles. Nada mudou. Todos seguem trabalhando”, comemora.
Os negócios globalmente estão indo muito bem, afirma Zeidler. “Percebemos que dá para trabalhar 100% remoto em variados projetos. Do lado do cliente, também houve transformação importante: muitos deles exigiam a presença física das pessoas em seus escritórios, mas viram que isso não é necessário.”
O novo cenário de atuação da Accenture não acelerou somente o digital, mas a necessidade de colocar em prática, com segurança, novos modelos de trabalho, que antes não eram avaliados como possibilidades.
“Desenvolvemos projetos que duram meses, geram tecnologia, codificação. O receio era estar longe do cliente e não saber como seria interagir com ele. Estávamos certos de que a performance cairia. Isso não aconteceu, em muitos casos, até aumentou.”
Na avaliação do executivo, as empresas estarão a cada dia mais abertas a adotar novos modelos de trabalho e de gestão e tecnologias inovadoras, que deverão permanecer ou serem integrados em uma proposta operacional diferenciada.
“Realizamos um projeto com venda e entrega 100% virtuais, sem nenhuma reunião física. Não era complexo e tínhamos a vantagem e a segurança de ser um cliente com quem havíamos construído uma relação de confiança. Um grande aprendizado. Agora, estamos certos dessa possibilidade, com excelentes resultados”, finaliza Zeidler, para quem o novo futuro será positivo e irá surpreender para melhor.
